Henri Gougaud: Passemos à carta de uma ouvinte:
Vejo-me a subir umas escadas na companhia de um menino de cerca de dez anos. Não lhe distingo os contornos do rosto, mas sei que tenho de o guiar. A cada degrau que subo, tenho de parar porque me sinto extremamente cansada, e continuo a subir a muito custo, agarrada ao corrimão, enquanto vou olhando para trás para ver se o menino me segue. E de repente, sem saber explicar como, vejo-me a alcançar o alto das escadas com a maior facilidade.